17 de Outubro 2007
Pegamos um trem noturno de Orleans a Toulouse.
Não sei se já comentei que compramos um passe de trem, não aqueles Global que custam uma fortuna, mas escolhi dois países que iria visitar mais e fiz o passe de Paris e Itália.
Esse passe dá direito de usar trechos dentro dos dois países e de um para outro. Escolhi de 05 dias. Foi uma decisão bem difícil de fazer, depois de várias contas e possibilidades, já que não tinha o roteiro todo programado da viagem, acabei achando que 5 dias seria um numero bom.
Na hora de usar fizemos mais contas, pois ele só valeria a pena ser usado para trechos que o valor do trem ponto a ponto fosse mais caro que o valor do passe dividido pelos dias de utilização.
Nosso primeiro trecho utilizado foi na Itália de Bolognha a Brindisi + ou menos 780 km, pegamos o trem regional pinga-pinga, assim não tinha que pagar reserva de trem rápido. Depois utilizamos o o passe como desconto de 50% para a travessia de ferry boat de Brindisi a Patras, mas não foi considerado como utilização de um dia, e sim como desconto. Tenho lá minhas duvidas se esse desconto não é dado de outra maneira também, mas tudo bem, conseguimos o nosso.
Outro trecho foi de Veneza a Paris, nesse caso pagamos a reserva no trem de Milão a Paris, e agora de Orleans a Toulouse + ou - 555km. Esse trecho também pagamos pela reserva.
O bom do passe é que ele dá direito de pegar quantos trens quiser no mesmo dia. Mas no nosso caso, como a ideia era ficar mais tempo nas cidades, nada de fazer bate-volta, quase não usamos esse beneficio. Mas chegando em Toulouse, vimos que era possível ir a Carcassone e voltar, então conseguimos utilizar mais um trecho nesse dia.
No geral para comprar passes tem que fazer contas mesmo se não você acaba pagando mais caro do que comprar cada trecho individual.
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Chegamos por volta das 7h da manhã em Toulouse, ainda estava escuro e para variar tudo fechado nas ruas. O jeito foi tomar café da manhã, já estavamos super familiarizados com a Quick uma rede de fast food espalhada pela França tem em tudo que é lugar e dentro da estação tinha uma, tomamos o café da manhã lá, um capucino e um croissant, o preço era bom. O dia só foi clarear perto das 8h.
Nos revezamos para dar uma volta ao redor da estação a procura de um hotel enquanto o outro esperava com as malas na estação. Achamos um a poucas quadras e que tinha disponibilidade.
Decidimos então só deixar as mochilas e sair para pegar o próximo trem para Carcassonne.
A cidade fica a menos de 100km de Toulouse, menos de 1 hora de trem. A estação é pequena . Logo seguimos andando e já avistamos o Castelo, era só pegar o rumo e chegar lá. Andamos um pouco e como sempre esses grandes Castelos medievais como serviam, de fortaleza, era sempre no alto de alguma colina, para ter a visão de todos os lados da cidade..
Nos pés da Fortaleza, passamos por uma vilazinha que parecia ter parado no tempo. Um charme, construção de pedras com madeira, roupas nos varais, casas com porão.
O Castelo, não é só um castelo, na verdade é chamado de Cidadela de Carcassonne, um conjunto arquitetônico Medieval, ou seja uma cidade inteira, com comercio, igreja, casas e o Tal Castelo.
O "complexo" é um dos mais conservados da Europa, já esteve abandonado, mas foi restaurado e replanejado para o turismo.
Hoje ainda tem o comercio, de souvenirs, doces típicos e restaurantes, além de hotéis, um bem glamoroso e até um albergue da juventude .
Achei uma delícia caminhar pelas ruas de pedras entrar nas lojinhas, e sentir o clima do lugar com suas muralhas, portas gigantes .
A visita ao Castelo mesmo é uma visita guiada e paga a parte. Chegamos lá já tarde e não teria outra visita no dia.
Voltamos para a estação e aportamos novamente
em Toulouse, dormimos feito pedra !
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