quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Uma Tentativa em Torino

2 e 3 de Novembro de 2007

Acordamos em Torino, ou Turin se preferir, as 6:55, um frio de rachar, tomamos um café na estação de trem mesmo, deixamos as mochilas no guarda volumes da estação para poder dar uma volta mais tranquilos e achar um hotelzinho para ficar.


Passamos pela cidade, almoçamos uma pizza em uma lanchonete passamos por algumas praças bem arborizadas, o dia estava lindo, frio mais com lindo sol.

Arrumamos um hotel perto da estação mesmo, pegamos as mochilas tomamos um banho  e saímos para o restaurante, ele só abre a noite e fica numa rua cheia de restaurantes.

Conversamos com a dona, muito simpática, nos apresentou o pessoal que trabalha lá, só tem brasileiros, a não ser o marido dela que é italiano. Ela contou que já levou duas multas grandes por ter brasileiros trabalhando no restaurante sem estar legalizado no país. Por isso não ia arriscar novamente, mas que estava precisando sim de pessoa para trabalhar. Então teria que ser tudo legalizado, mas que para pedido de trabalho para garçon nessa época do ano a Itália  não estava aceitando, teríamos que voltar para o Brasil e esperar a abertura da lista de trabalhos estrangeiros para esta categoria.  Essa é a maneira correta de se fazer, mas como ela disse que brasileiro sempre da um jeitinho ela estava estudando algumas maneiras para legalizar um rapaz que já trabalhava com ela, e ela falou para também fazermos o mesmo; mas as maneiras seriam tipo :
1- pedir asilo  político no pais, ela disse para dizermos que meus pais estavam perseguindo o Edison porque casamos escondido.
2 - Dizer que perdemos o passaporte, pois dessa maneira a embaixada teria que fazer outro passaporte e um novo sem carimbos ninguém poderia dizer que já estávamos 3 meses na Europa, mas não é tão fácil assim também, pois teríamos que ser convincentes em que perdemos o passaporte e fomos roubados e que queremos continuar a viagem e etc, etc, etc, ...
Sei que no final das contas eu e o Edison achamos melhor voltarmos, pois seria muita artimanha, e não estavamos preparados para isso, geralmente quem faz isso é quem vai  para ficar ilegal e fazer ficar legal no pais e nós não estavamos com este tipo de pensamento e essas ideias não nos empolgou tanto.
As vezes não sei se somos um tanto preguiçosos ou se sou muito correta, mas não estavamos afim de encarar tudo isso. Além do mais a moça do restaurante disse que eles iriam fechar durante um mês do final de dezembro e final de janeiro, então essa não era uma boa época pra isso.
Tudo decidido em nossas cabeças era só programar as últimas paradas...

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